"Aprendi a perdoar… e isso me libertou."
Existem dores que a gente guarda como se fossem fortalezas — mas que, na verdade, são prisões. Durante um capítulo da minha vida, vivi essa realidade na pele. Há muitos anos atrás eu me envolvi em um conflito com alguém importante para mim, e por um ano inteiro me calei. Mantive a distância, nutrindo as minhas razões, convencida de que eu estava certa e que cabia à outra pessoa dar o primeiro passo.
Por dentro, eu sentia peso. Sentia mágoa. Mas também uma tristeza que não cessava.
Foi somente quando comecei a mergulhar mais fundo no meu processo terapêutico e espiritual, que percebi que aquele perdão — que eu tanto achava que era sobre o outro — era, na verdade, sobre mim. Eu precisava liberar aquele sentimento para me curar. Para voltar a respirar com leveza.
E foi o que fiz. Tomei coragem, procurei essa pessoa e pedi perdão. Não importava mais quem tinha razão. O que importava era voltar a viver em paz. E, naquele instante, um nó profundo se desfez no meu coração. Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida.
✨ O Autoperdão vem com uma virada de chave, é quando admitimos nossa responsabilidade e com muita honestidade acolhemos a nossa dor e seguimos com compaixão, fé e confiança.
Desde então, aprendi que perdoar não é esquecer o que aconteceu, nem negar nossas dores. É acolher tudo isso e, ainda assim, escolher soltar. Escolher ser livre.
Essa experiência me ensinou também a olhar com mais empatia para quem tem dificuldade de perdoar. Porque eu já estive nesse lugar. E hoje eu entendo: cada um tem seu tempo. O perdão é um gesto de coragem que nasce de dentro, quando estamos prontas.
Se você está vivendo algo assim agora… te convido a respirar fundo e a se acolher. A entender que o perdão não precisa vir com pressa, mas que ele pode ser o início da sua cura.