O Patinho Feio:
Quando o Deslocamento É o Caminho de Volta Para Si!
Existem
histórias que atravessam o tempo não por serem infantis, mas por serem
universais. O conto do Patinho Feio é uma dessas histórias. Este conto fala de
rejeição, de inadequação e de dor, mas também de renascimento, de autoaceitação e de beleza. E mais do que isso: ele fala de nós.
Muitos
de nós crescemos ouvindo que éramos "demais" ou "de menos".
Demasiado sensíveis. Pouco sociáveis. Muito intensos. Muito esquisitos. Muito
distraídos. Pouco obedientes, ou simplesmente diferentes demais para se
encaixar. E então, como o patinho, fomos tentando caber, nos moldar e nos calar.
Mas quanto mais tentamos ser como os outros, mais longe ficamos de nós mesmos.
O
patinho não era feio — ele só estava no lugar errado, cercado de olhares que
não sabiam nomear a sua beleza. Assim como tantas pessoas que vivem em ambientes
onde a sua luz é confundida com erro. Onde a sua essência é tratada como um defeito.
Onde o silêncio e a crítica ocupam o espaço do amor.
Esse
deslocamento, tão doloroso, às vezes é o início de um outro caminho. Um caminho
de busca, de coragem e de travessia. O patinho teve que se afastar. Precisou
vagar sozinho, ser ferido, chorar e resistir. E nesse processo, algo foi se
transformando. Não em sua forma — mas em sua consciência.
A
beleza do conto está no instante em que ele se reconhece cisne. Quando ele para
de olhar para si pelos olhos dos outros e começa a se ver com verdade. Esse
momento é o que nos cura.
Quantos
adultos carregam até hoje a dor de terem sido patinhos feios em suas próprias
famílias, escolas ou relacionamentos? Quantas crianças internas seguem
escondidas, esperando que alguém as enxergue com amor?
Essa
história não nos ensina a nos tornarmos algo novo, mas a nos reconhecermos no
que sempre fomos.
Deslocar-se
nem sempre é fraqueza. Muitas vezes, é o único caminho possível para
reencontrar um lugar onde possamos ser inteiros, onde não precisamos nos
encolher para caber. É no deslocamento que entendemos que não somos errados —
só estávamos em terra estranha.
E
quando nos reconhecemos, tudo muda. As asas crescem. A dor faz sentido. O lago
aparece.
A
verdadeira transformação acontece quando a crítica dá lugar à empatia. Quando
aprendemos a acolher em nós aquilo que tentaram apagar. Quando paramos de
esperar aprovação e começamos a oferecer amor.
Essa
é a proposta: que possamos olhar para o outro com mais compaixão e para nós
mesmos com mais delicadeza. Que saibamos identificar o julgamento disfarçado de
cuidado, e que tenhamos a coragem de nos afastar de onde não há lugar para a nossa verdade.
Porque
no fundo, ninguém é feio. Só não foi reconhecido ainda por quem sabe ver.
E
se você se sentiu deslocado a vida inteira, talvez não esteja quebrado. Talvez
só esteja esperando o seu lago. O seu reflexo. O seu reencontro.
Você
não precisa se encolher para caber onde não lhe pertence.
🦢 O
primeiro passo para voar é sair do lugar que insiste em te chamar de pato.
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Com Carinho, Beth Castro. 💖
Guardiã de Vivências Transformadoras.
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